Novamente nos deparamos com um crime brutal em nosso país. A chacina efetuada por um homem em uma escola do Rio de Janeiro mostra o caos da criminalidade, tão presente no cotidiano e que nos deixa mais perplexos e assustados a cada dia. Esse tipo de crime nos acostumamos a ver sendo efetuados em outros países, mas agora acontece aqui pertinho de todos nós. Várias são as versões sobre o motivo dessa atrocidade, mas o que se sabe é que isso é o resultado de inúmeros fatores.
Logicamente consideramos o autor dessa barbárie um sujeito que não merece conviver em sociedade, mas com certeza, em maior ou menor grau, ele possui algum distúrbio mental. Basta conferir o relato de um dos sobreviventes, que afirmou que ele ria enquanto atirava na cabeça das vítimas. Alguém em são consciência agiria assim? Até que ponto podemos julgar alguém com essa personalidade, mesmo tendo cometido algo tão brutal?
Bullying, desemprego, falta de inclusão social, drogas, etc. A proximidade com qualquer um desses fatores pode influenciar uma mudança na mente de qualquer indivíduo, que passa a sentir necessidade de descarregar nos outros os problemas pelos quais passa. Ninguém está livre de acontecimentos ruins em suas vidas. O que nos difere é a maneira com a qual lidamos com essas situações, que variam de um simples isolamento até um ato de loucura como essa série de assassinatos.
Aliado a tudo isso, temos a deficiência no sistema de segurança e as inúmeras brechas na legislação, que de maneira alguma intimidam os bandidos. Chefes de grupos criminosos, mesmo encarcerados, continuam comandando seus “pupilos”. Assassinos e ladrões extremamente perigosos ganham liberdade em pouco tempo, amparados por um determinado parágrafo ou alínea da lei que os beneficia.
Posso estar sendo radical, mas convém se pensar na adoção de medidas drásticas para a punição de crimes hediondos. A principal delas: pena de morte. Pode não resolver muita coisa, mas com certeza os criminosos pensariam duas vezes antes de cometer qualquer ato maléfico. Sabendo que o fim deles pode ser a morte, ficarão receosos em relação às suas atividades. Somos uma nação relativamente liberal? Sim, e talvez seja por isso que a criminalidade toma conta. Na China, por exemplo, traficante preso é morto por fuzilamento. Chocante? Não tanto quanto essa chacina que vimos no Rio de Janeiro.
Quantas vidas ainda serão perdidas em meio a esse mundo de violência? Não basta apenas acusarmos o governo pela falta de segurança. Nossas ações também influenciam muitas das atitudes dos bandidos. Basta ver as atitudes dentro de casa, por exemplo. Um pai ou mãe que usa droga, bebe, fuma, é omisso ou ainda que briga o tempo todo com o filho. A educação é a base de qualquer cidadão e sem ela se formam os indivíduos que tanto nos chocam nos noticiários diariamente.
Marcio Scheibler
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